Em um pronunciamento enfático no Plenário nesta quarta-feira (11 de junho), o senador de Mato Grosso, Jayme Campos (União-MT) expressou forte desaprovação à decisão da Azul Linhas Aéreas de suspender voos diretos de Cuiabá para cinco capitais brasileiras, além de encerrar a rota para Alta Floresta (MT).
“Trata-se de um total desrespeito ao cidadão mato-grossense. Essa decisão representa um retrocesso grave que afetará de forma direta a mobilidade da população, o preço das agens aéreas, sobretudo com impactos sobre a economia do nosso estado”, declarou o senador.
Segundo Jayme Campos, a retirada dessas rotas compromete o o da população a um serviço essencial e afeta setores produtivos cruciais, como o agronegócio. Ele fez questão de ressaltar que o Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, já possui infraestrutura para operar voos internacionais, mas ainda carece de ligações concretas com outros países. Como proposta, o senador sugeriu a criação de uma rota entre Cuiabá e Lima, no Peru, visando ampliar a integração com a América do Sul e reduzir custos logísticos.
O senador também cobrou uma atuação mais efetiva do governo federal para incentivar a aviação regional. Para isso, apresentou um requerimento solicitando que o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Roberto Honorato, compareçam ao Senado para prestar esclarecimentos sobre o corte dos voos.
“Aqui já foram tramitados, nesta Casa, alguns projetos com a possibilidade de que outras empresas pudessem vir a operar o nosso sistema aéreo; infelizmente, não prosperaram. Há um monopólio, uma concentração na mão de poucos”, pontuou o senador.
Jayme Campos defendeu veementemente uma maior concorrência no setor aéreo e pediu o uso estratégico do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), que atualmente dispõe de R$ 6 bilhões. Para o senador, esses recursos deveriam ser utilizados para garantir voos regulares em regiões como Mato Grosso, rompendo com o modelo atual de concentração de rotas e tarifas elevadas.
“Chega de monopólio, chega de abusos, chega de descasos. O povo brasileiro merece um transporte aéreo digno, eficiente, compatível com a realidade do século 21. Viajar para o Brasil não pode ser luxo, tem que ser um direito”, concluiu o senador, enfatizando a necessidade de um transporte aéreo mais ível e justo para os cidadãos.